O consumidor está cada vez mais conectado, compartilhando suas experiências com seus amigos no mundo online e usando as redes sociais como ferramenta de pesquisa para possíveis compras. Com isso, as empresas aproveitam essas oportunidades para apresentar seus produtos e serviços nessas plataformas digitais, indo ao encontro com o seu cliente.
Para que esse encontro aconteça de forma eficiente, muitos profissionais de marketing digital usam técnicas para otimizar essas entregas em busca dos melhores resultados. Mas, uma movimentação no universo da tecnologia pode colocar em risco essa atividade: a LGPD.
Vamos relembrar um pouco sobre a LGPD?
Um dos assuntos mais comentados nos últimos dias é a legislação citada no título desse texto; a Lei Geral de Proteção de Dados (lei nº 13.709), entrou em agosto de 2020 e seu principal objetivo é regulamentar a captação e tratamento de dados pessoais no país, com mais rigor e atenção.
O foco é a proteção de dados pessoais e a fiscalização para que não ocorra o uso indevido. Por mais estranho que se pareça, é muito comum que o usuário aceite os termos de acesso de um determinado site sem ao menos ler, autorizando assim a coleta de dados pessoais que podem ser utilizados para fins comerciais.
Agora, com a lei em vigor, os únicos dados que poderão ser exigidos dos usuários para acesso serão e-mail, endereço de entrega e senha para login. Quaisquer informações que estiverem fora do permitido só poderão ser coletadas com o consentimento do público.
Os anúncios em redes sociais a partir dessas mudanças
Para criar uma estratégia de marketing online forte, é necessário ter dados sobre o potencial público a ser atingido pela campanha. Quando se tem uma segmentação bem definida (por região, idade, interesse, sexo e entre outros), cresce a chance do anunciante encontrar o seu cliente ideal, fazendo com que o fluxo do processo de venda aconteça de forma otimizada.
Com as restrições impostas pela LGPD, esse tipo de segmentação proposta pelos anúncios em redes sociais acaba ficando limitado, diminuindo suas entregas drasticamente.
No universo online, a atualização é essencial
Com a LGPD em ação, gigantes plataformas responsáveis por números expressivos nos anúncios em marketing digital – como Facebook e YouTube, por exemplo – já estão estudando e colocando em prática formas para adaptar essas demandas à nova realidade. Agora, o visitante deverá ser informado sobre a instalação de cookies com o objetivo de coletar dados, além do destino dessa ação (mesmo se forem utilizados em remarketing).
Novos comportamentos pede mais responsabilidade
Vale ressaltar que essa regulamentação surge em um momento onde os números de casos de pessoas que sofreram golpes por terem seus dados pessoais usados de forma indevida cresceram consideravelmente, acendendo um alerta para todos que usufruem desta tecnologia chamada internet.
No lado do usuário, fica o direito de alterar seus dados pessoais e solicitar a exclusão dessas informações a qualquer momento. É importante lembrar que todo direito é acompanhado de deveres e cabe ao visitante ficar atento às atualizações da LGPD, compreendendo o que essas mudanças significam na prática no seu dia a dia.
E no lado das empresas e mercado de marketing, fica o desafio de encontrar novas soluções eficientes sem ferir as novas diretrizes da Lei 13.709.
Conclusão: não é o fim dos anúncios digitais. Assim, como não foi o fim da televisão quando a internet chegou. O que será necessário é uma revisão nos processos atuais, uma reformulação nas estratégias e novas maneiras de conseguir informações importantes do público, de forma que não agrida o direito de nenhum dos lados envolvidos nessa história.