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What are Progressive Web Apps?

Nós usamos aplicativos de celular todos os dias, e repetidas vezes ao dia — utilitários, redes sociais, aplicativos de mensagens, tocadores de música. E esses aplicativos têm se mostrado bastante eficientes para atender à velocidade e à eficácia esperada desse tipo de experiência móvel e “on-the-go”. O sonho do homo sapiens contemporâneo.

Mas tem uma parte da experiência mobile que ainda não chegou lá: os websites mobile. Eles continuam lentos, pesados, e muitas vezes travam o navegador no meio da navegação. Parece que eles “atrasam a nossa vida”, se comparados à rapidez de performance dos aplicativos nativos que moram ali no seu celular.

Empresas como o Facebook e o Google já começaram a preparar iniciativas para driblar esse problema de performance de sites mobile, como o Facebook Instant Articles e o Google Accelerated Mobile Pages. Mas esse tipo de iniciativa não resolve o problema, apenas o contorna. Ao invés de fazer com que o usuário precise abrir um site no aplicativo navegador, ele é aberto no aplicativo original de onde o usuário veio.

Mas e se os sites mobile tivessem a mesma qualidade de performance que um aplicativo nativo?

Aplicativo Web vs. Aplicativo Nativo

Essa disputa entre aplicativos nativos vs. web apps já vem acontecendo por vários anos (inclusive já escrevemos sobre ela aqui no blog). Enquanto algumas pessoas falam que a web não deveria tentar imitar os aplicativos nativos, outras lutam para fazerem seus sites performarem tão bem no browser como um aplicativo nativo. Aos poucos, funcionalidades que eram exclusivas de aplicativos nativos (como geolocalização ou push notifications) foram chegando até o browser e diminuindo a barreira entre um e outro.

O conceito de Progressive Web App (aplicativo progressivo para a web), no entanto, é um pouco diferente. Ele começa como uma simples aba no Chrome e se torna “progressivamente mais app” à medida em que você engaja e interage com ele. Até chegar ao ponto onde basta você adicionar o Web App à sua página inicial e pronto: ele passa a adquirir funções que antes eram exclusivas de aplicativos nativos: geolocalização, notificações, uso offline, etc.

A principal vantagem para o usuário é a de não precisar se comprometer a baixar um aplicativo antes mesmo de saber se valerá a pena ou não. Esse é um dos maiores problemas dos apps nativos de hoje, e os progressive web apps prometem deixar essa barreira completamente invisível e gradual. Nada de ter que ir até a app store, esperar o download do app, abri-lo pela primeira vez ou ter que se cadastrar antes de começar a usá-lo.
Com a combinação da tecnologia certa (possibilitada pelos browsers mais modernos) e o design certo (um fluxo de engajamento que não tenha barreiras ou fricção), em pouco tempo as empresas podem começar a experimentar com essa solução híbrida e progressiva de aplicativos.
Com a combinação da tecnologia certa (possibilitada pelos browsers mais modernos) e o design certo (um fluxo de engajamento que não tenha barreiras ou fricção), em pouco tempo as empresas podem começar a experimentar com essa solução híbrida e progressiva de aplicativos.

As vantagens técnicas

Além da vantagem para o usuário (não precisar passar por todo o processo de download e instalação do aplicativo nativo), os aplicativos web progressivos também apresentam algumas vantagens técnicas quando comparados tanto aos aplicativos nativos e aos aplicativos web. Dá uma olhada na lista criada por Alex Russel em seu blog:

Responsivo: se encaixa mais facilmente em qualquer resolução de tela.

Independente de conexão: com a tecnologia de Service Workers, o aplicativo pode funcionar até quando o usuário está offline.
Interações tão avançadas quanto de apps.

Sempre atualizado: o usuário não precisa “baixar uma atualização do app” de tempos em tempos. Como está tudo na web, na próxima vez que ele abrir o app a nova versão já estará lá.

Seguro: o conteúdo do app é servido com TLS para prevenir intrusos.

SEO-friendly: os mecanismos de busca conseguem encontrar o conteúdo dos aplicativos (o que consequentemente beneficia tanto os usuários quando as empresas).

Re-engajável (ops, tradução bizarra): os aplicativos web progressivos permitem enviar notificações aos usuários para trazê-los de volta à experiência com o passar do tempo.

Instalável: podem ser adicionados à home screen do celular, permitindo que os usuários “salvem” os aplicativos que eles considerarem mais úteis ou importantes.

Linkável: mais fáceis de compartilhar conteúdo ao enviar o link para alguém.

Será que a moda pega?

Difícil dizer… ainda.

Tecnologicamente falando: não é todo navegador que suporta as tecnologias e frameworks necessários para que um aplicativo web progressivo funcione a 100% de suas capacidades. Mas isso é só uma questão de tempo; toda tecnologia acaba empurrando os limites das plataformas onde ela roda.

A parte que deixa a história toda um pouco nebulosa é justamente a do comportamento do usuário (provavelmente a parte que mais interessa a você, designer de experiências). Será que os usuários estão mesmo procurando experiências progressivas, onde eles “baixem” um app sem perceber que estão baixando? Será que eles sequer têm consciência da diferença entre uma coisa e outra? Ou será que simplesmente não ligam — e se as app stores da vida fizerem um bom trabalho em facilitar a instalação de aplicativos em um futuro breve, todo esse esforço dos Progressive Web Apps terá sido em vão?

Dúvidas à parte, uma coisa é certa: as fronteiras entre browser e app estão cada vez menores. Para o bem dos usuários, dos designers e desenvolvedores de experiências mobile.

 

Fonte: UX Collective

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