Os princípios cooperativistas, tais como o interesse pela comunidade, a gestão democrática, a participação econômica e a intercooperação, têm como núcleo central a preocupação com a comunidade e a promoção de uma gestão responsável, que transcende as fronteiras internas das cooperativas. É por essa razão que podemos afirmar que o ESG está profundamente arraigado no âmago do cooperativismo brasileiro (e global).
Para que você compreenda melhor essa relação e a veja na prática, nós explicaremos o que é o ESG e qual a sua importância. Também daremos alguns exemplos de cases de sucesso dentro do cooperativismo brasileiro. Então, venha conosco e inspire-se!
O que é o ESG e por que ele é importante?
O ESG é uma sigla que representa três pilares fundamentais para avaliar o desempenho de uma empresa ou organização em relação a questões ambientais, sociais e de governança.
Aqui está o significado de cada um desses pilares:
- Ambiental (E – Environmental): refere-se ao compromisso da organização com um desenvolvimento sustentável. Isso envolve a redução da pegada de carbono, a gestão eficaz de recursos naturais, as práticas de conservação e a minimização de resíduos. Também inclui as políticas de energia limpa, entre outras iniciativas que visam proteger o meio ambiente.
- Social (S – Social): relaciona-se com a forma como a organização interage com as pessoas e as comunidades em seu entorno. Isso abrange questões como direitos humanos, diversidade e inclusão, bem como saúde e segurança no trabalho, relações com fornecedores, responsabilidade social corporativa e engajamento comunitário.
- Governança (G – Governance): diz respeito à estrutura de governança da organização e como ela é gerenciada e monitorada. Isso inclui a composição do conselho de administração, as práticas de transparência, a ética nos negócios e a prevenção de corrupção. Ela também inclui a gestão de riscos e a conformidade com regulamentações.
O ESG é importante porque promove práticas empresariais mais éticas, sustentáveis e socialmente responsáveis, que não apenas beneficiam a organização, mas também a sociedade e o planeta como um todo.
Todos esses pilares sempre estiveram arraigados no cooperativismo. De fato, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece o cooperativismo como um instrumento essencial na edificação de uma sociedade mais justa e sustentável.
Em resumo, ser um membro de cooperativa emerge como uma das formas de promover o desenvolvimento em sintonia com os princípios do ESG.
Conheça 3 cases de sucesso do ESG no cooperativismo brasileiro
Abaixo, selecionamos três exemplos práticos da aplicação do ESG no cooperativismo brasileiro, um para cada pilar. Veja:
1- Ambiental: usina solar do Sicredi
O Sicredi, pioneiro no cooperativismo de crédito no Brasil, estende sua atuação por todo o território nacional, tendo a sustentabilidade como um princípio fundamental em todos os aspectos de seus negócios.
Nesse contexto, no estado do Mato Grosso, o Sicredi Centro Norte deu um passo significativo ao construir uma Usina Solar que supre a demanda energética de suas 140 agências e sedes administrativas.
Localizada em Nova Xavantina (MT) e ocupando uma área de 9 hectares, essa usina abriga 18 mil painéis solares. Este projeto ambicioso visa a redução de mais de 24 mil toneladas de emissões de carbono nos próximos 25 anos. Dessa forma, contribuindo para a preservação do meio ambiente.
Além disso, prevê-se uma notável diminuição de cerca de 95% nas despesas do Sicredi com a conta de energia elétrica no estado, resultando em uma economia anual aproximada de R$12 milhões.
2- Social: contratação de imigrantes e refugiados pela Frimesa
O Brasil tem se destacado como um importante destino para imigrantes e refugiados que buscam uma nova vida. Para essas pessoas, encontrar emprego desempenha um papel crucial. Ele significa mais do que uma fonte de renda estável, mas também um meio facilitador de integração em diversos aspectos sociais.
Nesse contexto, a Frimesa, uma cooperativa do ramo alimentício sediada no Paraná, tem desempenhado um papel notável desde 1986, ao acolher e empregar imigrantes de diversas origens.
Atualmente, a cooperativa conta com aproximadamente 328 funcionários de várias nacionalidades, incluindo venezuelanos, uruguaios, haitianos, cubanos, colombianos e sul-africanos.
A admissão dos imigrantes e refugiados ocorre por meio de organizações civis que oferecem suporte a essa população. Essa colaboração com a Frimesa não apenas os ajuda a encontrar emprego, mas também promove maior autonomia no processo de adaptação ao novo país. Assim, contribuindo para uma integração mais eficaz e inclusiva na sociedade brasileira.
3- Governança: o PMO da Castrolanda
A Castrolanda conduz aproximadamente 60 projetos estratégicos anualmente, cada um deles com investimentos que superam a marca de R$200 mil.
Diante desse cenário, a cooperativa agroindustrial identificou a necessidade de estabelecer um departamento dedicado exclusivamente ao acompanhamento abrangente de seus projetos de grande envergadura, desde a concepção até a obtenção dos resultados almejados.
Com o intuito de promover maior clareza e eficiência na seleção e gestão de cada projeto, a cooperativa instituiu um Escritório de Projetos Corporativos, conhecido como PMO (Project Management Office).
Este escritório desempenha um papel fundamental na análise mensal das metas e indicadores, além de estabelecer diretrizes para eventuais ajustes de curso.
O principal objetivo do PMO é assegurar que todos os envolvidos nos projetos estejam alinhados com a estratégia central da cooperativa e que sejam aplicados critérios uniformes na seleção, execução e monitoramento de todos os projetos.
A harmonização de esforços e a eliminação de análises subjetivas por departamentos isolados resultam em uma maior sinergia. Além disso, reforçam todas as áreas de atuação da cooperativa.
Em conclusão, o ESG (Ambiental, Social e Governança) desempenha um papel central e transformador no cooperativismo brasileiro. Ao incorporar esses princípios em suas operações, as cooperativas fortalecem não apenas seus próprios negócios, mas também sua contribuição para uma sociedade mais justa, sustentável e inclusiva.
O compromisso com a responsabilidade ambiental, o bem-estar social e a governança ética não apenas impulsiona o sucesso econômico das cooperativas, mas também reforça a cooperação e confiança dos membros, investidores e comunidades.
Isso posiciona o cooperativismo brasileiro como um exemplo inspirador de como o modelo de negócios pode ser uma força positiva para o progresso social e ambiental.
A Coopersystem entende do assunto, pois é a maior cooperativa de soluções em TI do Brasil, sempre respeitando os preceitos do ESG. Então, se quiser saber mais sobre cooperativismo, como ser um cooperado e outros assuntos relacionados, acesse nosso portal or entre em contato!